Burnout: Quando o Trabalho Adoece
Entenda por que o burnout é um risco estratégico para empresas e colaboradores – e como preveni-lo com ações concretas
Gleidson Costa
4/21/20254 min read


“O contrário do burnout não é o descanso, mas a beleza.”
A frase da psicóloga Ana Castro, autora de A Exaustão no Topo da Montanha (Planeta, 2023), sintetiza uma verdade incômoda: o esgotamento profissional não se resolve apenas com pausas ou férias. É preciso transformar a forma como nos relacionamos com o trabalho.
Vivemos tempos em que a produtividade virou identidade. Mas a saúde mental grita. O Brasil lidera os índices globais de ansiedade (OMS, 2022), e a síndrome de burnout é hoje uma das principais causas de afastamento do trabalho. Mais do que um problema de saúde, é uma questão estratégica.
Neste artigo, vamos:
Entender o que é burnout e como identificá-lo;
Conhecer as causas estruturais por trás do adoecimento;
Analisar dados e impactos econômicos atualizados;
Descobrir como empresas e profissionais podem se proteger;
Apresentar as soluções práticas da ZEST para prevenção e bem-estar no trabalho.
O que é Burnout?
A Síndrome de Burnout é classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS, 2019) como um fenômeno ocupacional, resultante de estresse crônico no trabalho que não foi adequadamente gerenciado.
Seus principais sintomas são:
Exaustão física e emocional constante;
Cinismo e distanciamento mental do trabalho;
Perda de eficiência e sentimento de incompetência.
Essa síndrome é mais comum entre profissionais engajados e responsáveis – e não entre os “preguiçosos”. A origem está em ambientes de trabalho adoecidos, e não na “fraqueza” individual.
“Não se trata de perguntar ‘se’ você terá burnout, mas ‘quando’.”
— Alexandre Coimbra Amaral, psicólogo e palestrante
Quais são as causas do burnout?
As causas são estruturais e organizacionais. Segundo Christina Maslach (2016), as principais são:
Sobrecarga de trabalho contínua
Falta de autonomia e controle sobre tarefas
Falta de reconhecimento ou recompensa
Ambientes de injustiça ou desrespeito
Conflitos de valores ou perda de propósito
Burnout é um colapso. Um “desmatamento na floresta de um corpo só”, como define Ana Castro. Ele não acontece de um dia para o outro – é resultado de um modelo de trabalho insustentável.
Quando o trabalho adoece: o caso Ambev
Em 2024, um trabalhador da Ambev foi indenizado em R$ 100 mil após desenvolver burnout e transtorno de ajustamento. O motivo? Após uma promoção, passou a liderar três turnos, acumular funções técnicas e administrativas, e não recebeu suporte para dar conta da nova carga.
Segundo a sentença do TRT-15, a empresa foi responsabilizada por não adotar medidas eficazes de prevenção aos riscos psicossociais.
Esse caso não é exceção. É um retrato fiel da realidade de muitos profissionais no Brasil.
Burnout é um risco bilionário
R$ 400 bilhões por ano é o prejuízo estimado com afastamentos, baixa produtividade e rotatividade por doenças mentais no Brasil.
— Ana Paula Hornos, colunista da IstoÉ (2025)
A nível mundial, a OMS estima perdas de US$ 1 trilhão por ano com transtornos mentais relacionados ao trabalho.
Na Geração Z, 40% dos jovens relatam sintomas que impactam diretamente sua produtividade (Conexa + Zenklub, 2024).
A exaustão virou a nova pandemia silenciosa – e ela tem um custo alto.
A diferença entre cansaço e burnout
Segundo Alexandre Coimbra Amaral:
“O cansaço se cura com descanso. O burnout, não. Ele precisa de inspiração.”
Ou seja: não adianta só parar. É preciso se reconectar com o prazer, a beleza, o sentido. Arte, vínculos, natureza, espiritualidade – são esses os antídotos para o esvaziamento existencial que o burnout representa.
Como prevenir o Burnout nas empresas?
A prevenção deve ser sistêmica e contínua. Não basta uma palestra ou um “setembro amarelo”.
O que a empresa pode (e deve) fazer:
Implementar diagnósticos de riscos psicossociais (como exige a NR-1)
Garantir carga de trabalho equilibrada e justa
Estimular lideranças humanizadas e escuta ativa
Criar programas reais de bem-estar e apoio psicológico
Incentivar o propósito e o senso de pertencimento
Cada R$ 1 investido em saúde mental no trabalho retorna R$ 4 em produtividade.
— Organização Mundial da Saúde (2021)
E o que os profissionais podem fazer?
Mesmo sem mudar o sistema todo, é possível se proteger individualmente:
Estabeleça limites claros de tempo e energia
Aprenda a dizer não sem culpa
Busque apoio profissional (psicoterapia, mentoria)
Construa uma rotina que inclua arte, descanso, vínculos e propósito
Faça check-ins regulares com você mesmo
Burnout é uma síndrome ocupacional. Mas autocuidado é resistência.
A ZEST ajuda você e sua empresa a prevenir o Burnout
Na ZEST Desenvolvimento Humano, entendemos que prevenir o burnout é proteger vidas, talentos e resultados. Por isso, oferecemos soluções completas para empresas e profissionais:
Para empresas:
Diagnóstico de riscos psicossociais conforme a NR-1
Plataforma ZEST NR-1: automatizada, técnica e estratégica
Planos de ação personalizados
Workshops e treinamentos com especialistas
Consultoria em saúde mental organizacional
Para profissionais:
Mentoria para recuperar o controle da sua mente e energia
Aulas sobre propósito, autocuidado e resiliência
Exercícios vivenciais e ferramentas práticas
Grupos de apoio e encontros online
E-books e conteúdo exclusivo
Conclusão:
Não existe saúde sem saúde mental. O burnout não é um colapso pessoal. É um colapso de sentido. De estrutura. De cultura. Ignorá-lo custa caro. Reconhecê-lo, prevenir e agir – isso é inteligência emocional, estratégica e organizacional.
“O trabalho pode ser fonte de realização, mas também de adoecimento. Cuidar disso é cuidar da sobrevivência das culturas, dos seus colaboradores e da saúde das populações humanas.”
— Ana Castro
Vamos agir juntos?
Sua empresa está preparada para a nova NR-1?
Seus colaboradores têm suporte real para prevenir o burnout?
Fale com a ZEST. Transformamos diagnóstico em ação – e ação em cultura.
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Referências
Organização Mundial da Saúde (OMS), 2019.
Christina Maslach & Michael Leiter, The Truth About Burnout (1997).
Alexandre Coimbra Amaral, Palestra 2023.
Ana Castro, A Exaustão no Topo da Montanha, Planeta, 2023.
Ana Paula Hornos, IstoÉ, março de 2025.
Relatório Conexa + Zenklub, 2024.
Gallup Global Workplace Report, 2023.
Harvard Business Review, The Burnout Crisis, 2022.
TRT-15, sentença de 2024.
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